terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Este é um post atrasado

Fui a tantos shows bons nos meses passados e não contei nada aqui. Egoísta, né?
Vou tentar retomar...

Zeca Baleiro, dia 16 de outubro no Opinião.
Apesar da acústica não estar das melhores (ou não ser...), estava num vão em que se escutava pouco o que ele falava entre as músicas. E a multidão na minha frente não animava muito a empreitada até o meio da pista. Fiquei por ali mesmo.

Os ritmos do norte e nordeste tomaram conta do início do show. Músicas do Coração do Homem-Bomba Vol. 2, músicas antigas, tudo devidamente acompanhado pelo público, um pouco mais velho é verdade, e que sabia de cor as letras.(Taí um sentimento que deve ser inexplicável, ouvir uma multidão cantando uma obra tua.)

Tive a impressão de um Baleiro meio antipático nas primeiras músicas. Mas foi a galera empolgar pra ele se soltar. Em pouco mais de 1h30min de show o cara deixou o Opinião meio em estado de transe. A platéia estava hipnotizada e, a cada novo acorde, vibrava com toda banda.
Pra fechar com chave de ouro, Heavy Metal do Senhor. De cantar até faltar o ar.

A Mulher de Oslo, dia 29 de outubro no Sesc Vale do Gravataí.
Esse era um espetáculo que queria ter assistido antes. Produção musical impecável (grande Arthur de Faria), um cenário simples e lindo (com as folhas secas pelo chão nos remetendo ao outono) e a atriz/cantora Vanessa Longoni de uma sensibilidade tocante. Há quem diga que ela desafinou. Mas pouco importa. O que ficou foram os arrepios a cada música. De polcas e afins à Alanis Morissette.

Cyndi Lauper, dia 19 de novembro no Teatro do Bourbon Country.
Foi meu primeiro CD. Twelve Deadly Cyns. Não ia perder por nada! A companhia não podia ser melhor, minha mãe! Que no caminho já foi pilhando com o CD no carro. Teatro lotado, a senhora Lauper entrou no palco com poucos minutos de atraso, e pra delírio da geral, logo de cara cantou Change of Heart. Produção simples, nada de pirotecnias e mega telões, quem carregou o show nas costas foi ela, obviamente, com seus agudos e voz impecável (até mesmo rouca). A banda não chamou muita atenção, salvo alguns solos de guitarra e a backing vocal mandando ver.

Pra quem já está com mais idade que a Madonna, e um corpo não tão invejável quanto, ser o centro das atenções não deve ser fácil, ainda mais pulando o tempo todo e indo pro meio da galera cantar. Apesar de ter dito ao baterista que já estava exausta e apenas na terceira música, Cyndi não deixou a peteca cair. Destaque para Echo, do novo disco Bring Ya to the Brink, com uma levada eletrônica digna das melhores pistas e que surpreendeu a artista ao ver todo o teatro cantando. E claro, She Bop, I'm Gonna be Strong, Money Changes Everything, Time After Time, I Drove All Night, Shine, The Goonies R Good Enough, a incrível Girls Just Wanna Have Fun e encerrando o espetáculo, True Colors (só pra me encher os olhinhos d'água!) só com voz e slide guitar.


Interagindo o tempo todo com o público, o "patinho feio da música pop" demonstrou estar em plena forma. E não falo de barrigas saradas, pernas torneadas e braços musculosos. Mas sim de ter todas as vozes em coro, pedidos inesperados (e atendidos!) de canções que não estavam no repertório e total domínio de palco, mesmo praticamente sozinha ali, além claro, de muito carisma. E é aí que me refiro! Cyndi Lauper matou a pau.



PS1.: Imagina ter uma avó loucona assim, com o cabelo mais curto de um lado, voz de criança quando fala e uma puta energia?!


PS2.: Tadinha da minha mãe, ficou com dor no pescoço de se espichar pra ver o palco. Mas cantou e dançou horrores! Adorei! Só preciso resgatar meu CD agora!



PS3.: Happy b-day, Andee. I wanna see u shaking, girl!

4 comentários:

Véra Carvalho disse...

Também adorei....valeu a pena!
Quanto ao CD, já devolvi...é só procurar melhor (hehehe).
Te amo...bjs.

Fala garoto, fala garota. disse...

THIIIIIIIIIIIIS ISSSSSSSS THEEEEEEE WAAAAAAAAAAY I LIVE....
AMEI!!!

Di disse...

Nada melhor que um mês de cultura!

Que ótimo Ci!

Bjão e bom findi!

Larissa Poeta de Mello disse...

Zeca Baleiro é um dos poucos responsáveis pela boa música atual. Difícil esse povo novo conseguir fazer o que os compositores das gerações anteriores conseguiram, mas o Baleiro tenta consegue mandar bem.
Beijos e Sucesso com o blog :***