Mostrando postagens com marcador Cultura. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Cultura. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Mil coisas antes de 2010

Tá né... passada a euforia do aniversário, deixa eu contar pra vocês das minhas últimas.

- Show da Martnália: calor senegalês no Opinião e muita disposição. Porque a gente perdeu o David Guetta, mas sambamos, e suamos, como numa quadra de escola de samba! Sem contar que a Martnália é demais, agora num show mais autoral, já que as músicas bombaram, e que cantamos do início ao fim. Já escrevi sobre ela aqui, num outro show.

- Show do Jason Mraz: a Nega que sabe. Fã do cara, se esbaldou no Pepsi On Stage. Jason, I'm yours!

- Show do Zeca Baleiro: dá licença que agora eu tô metida. Já o chamei de antipático, verdade que no palco ele não dos mais simpátios do mundo, mas mudei de ideia. Um show pra cantar até faltar voz, que o diga as gravações do meu celular, onde só se escuta a minha voz e nada da dele! Só faltou Alma Minha, reclamação devidamente registrada após o show na visitinha ao camarim. Siiim! Porque ele me chama pelo nome agora! E tá prometendo gravar um DVD aqui! Uma simpatia só! Mesmo falando sobre Campeonato Brasileiro com o Simon, que tava por lá também, já que não tinha mais jogo pra apitar...

- Meu aniversário: amei. Obrigada a todos que foram, até mesmo alguns furões. Veja bem, eu disse alguns! Porque ver meus pais se divertindo com meus amigos não tem preço! E aniversário é bom por isso né. Aquele monte de gente que tu ama junto, rindo, dançando e te desejando só coisas boas! Adoooooro!

- Musical De Pernas pro Ar: Cláudia Raia arrasa! Porque além de ser grandona, musculosa, dançar e atuar, ela ainda canta! Siiim, canta! E bem! Nada daquilo de Beijinho Doce, com a Patrícia Pillar. A dona das master pernas mandou muitíssimo bem no jazz. E se ela não fosse daquele tamanho todo, com toda aquela desenvoltura, quem tinha roubado a cena do espetáculo teria sido o Diabo. Ai, um diabão digno de querer ir pro inferno! Enfim, espetáculo impecável. E atriz super disposta, mesmo depois de saracotear pelo palco, para atender a geral no camarim e gravar com Luis Fernando Veríssimo, autor do argumento, e que estava assistindo pela primeira vez. Festinha do elenco bacanuda na Baskaria, só me invoco com povo que chega fazendo o fino e depois se acaba no champagne liberado. Cadê a classe? Hehehehehe

terça-feira, 7 de julho de 2009

Carta aberta ao Chico Buarque

Não, não deixei de te amar, Chico. Mas é que Jorge me ganhou ontem à noite...

Só ele y su guitarra, encerrando o tour do disco Cara B no palco do teatro do Bourbon Country. Quer dizer, tinha mais uns sintetizadores, e depois seus companheiros de turnê também subiram para tocar (!?) uma espécie de minigame e um instrumento que já vi a Rita Lee usar em Meu Doce Vampiro, mas que não sei o nome.

O show começou com Un pais con el nombre de un rio, e já fez a plateia toda se apaixonar nos primeiros acordes. E eu também. O que vi depois foi um show de simpatia. Drexler fez graça com a microfonia. Al otro lado del rio foi a capela. Atendeu pedidos de músicas. Apresentou a inédita Todos a sus puestos. Cantou Lontano Lontano com seu italiano cheio de sotaque. Elogiou Vitor Ramil, "o melhor compositor da minha geração". Tocou milongas. E me ganhou. Arrepiei já com Fusion. Não é traição. Quem não se arrepia com uma letra dessas?!

¿Dónde termina tu cuerpo y empieza el mío?
A veces me cuesta decir.
Siento tu calor, siento tu frío,
me siento vacío si no estoy dentro de tí.

¿Cuánto de esto es amor?
¿Cuánto es deseo?
¿Se pueden, o no, separar?
Si desde el corazón a los dedos
no hay nada en mi cuerpo que no hagas vibrar.

Depois a série olhos cheios d'água e sorrisos bobos seguiu com Guitarra y vos, Deseo, Inoportuna, La vida es mas compleja de lo que parece, Sea, Dance me to the end of love, e claro, Todo se transforma. Depois de tudo isso, e mais das outras que esqueci o nome, só posso dizer que ele me ganhou. Poderia ficar mais duas horas escutando o dedilhar do violão, a voz suave, às vezes tímida até, as tiradas engraçadas do humor requintado do moço. Poderia ficar olhando o All Star velhinho, a gravata fininha, o óculos de aro preto, o sorriso maroto de quando ouvia a plateia cantando. Fui seduzida. Não tive culpa.

Desculpa, Chico.

Mas ontem o Jorge Drexler me ganhou.

Ele é o meu novo Chico Buarque.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Este é um post atrasado

Fui a tantos shows bons nos meses passados e não contei nada aqui. Egoísta, né?
Vou tentar retomar...

Zeca Baleiro, dia 16 de outubro no Opinião.
Apesar da acústica não estar das melhores (ou não ser...), estava num vão em que se escutava pouco o que ele falava entre as músicas. E a multidão na minha frente não animava muito a empreitada até o meio da pista. Fiquei por ali mesmo.

Os ritmos do norte e nordeste tomaram conta do início do show. Músicas do Coração do Homem-Bomba Vol. 2, músicas antigas, tudo devidamente acompanhado pelo público, um pouco mais velho é verdade, e que sabia de cor as letras.(Taí um sentimento que deve ser inexplicável, ouvir uma multidão cantando uma obra tua.)

Tive a impressão de um Baleiro meio antipático nas primeiras músicas. Mas foi a galera empolgar pra ele se soltar. Em pouco mais de 1h30min de show o cara deixou o Opinião meio em estado de transe. A platéia estava hipnotizada e, a cada novo acorde, vibrava com toda banda.
Pra fechar com chave de ouro, Heavy Metal do Senhor. De cantar até faltar o ar.

A Mulher de Oslo, dia 29 de outubro no Sesc Vale do Gravataí.
Esse era um espetáculo que queria ter assistido antes. Produção musical impecável (grande Arthur de Faria), um cenário simples e lindo (com as folhas secas pelo chão nos remetendo ao outono) e a atriz/cantora Vanessa Longoni de uma sensibilidade tocante. Há quem diga que ela desafinou. Mas pouco importa. O que ficou foram os arrepios a cada música. De polcas e afins à Alanis Morissette.

Cyndi Lauper, dia 19 de novembro no Teatro do Bourbon Country.
Foi meu primeiro CD. Twelve Deadly Cyns. Não ia perder por nada! A companhia não podia ser melhor, minha mãe! Que no caminho já foi pilhando com o CD no carro. Teatro lotado, a senhora Lauper entrou no palco com poucos minutos de atraso, e pra delírio da geral, logo de cara cantou Change of Heart. Produção simples, nada de pirotecnias e mega telões, quem carregou o show nas costas foi ela, obviamente, com seus agudos e voz impecável (até mesmo rouca). A banda não chamou muita atenção, salvo alguns solos de guitarra e a backing vocal mandando ver.

Pra quem já está com mais idade que a Madonna, e um corpo não tão invejável quanto, ser o centro das atenções não deve ser fácil, ainda mais pulando o tempo todo e indo pro meio da galera cantar. Apesar de ter dito ao baterista que já estava exausta e apenas na terceira música, Cyndi não deixou a peteca cair. Destaque para Echo, do novo disco Bring Ya to the Brink, com uma levada eletrônica digna das melhores pistas e que surpreendeu a artista ao ver todo o teatro cantando. E claro, She Bop, I'm Gonna be Strong, Money Changes Everything, Time After Time, I Drove All Night, Shine, The Goonies R Good Enough, a incrível Girls Just Wanna Have Fun e encerrando o espetáculo, True Colors (só pra me encher os olhinhos d'água!) só com voz e slide guitar.


Interagindo o tempo todo com o público, o "patinho feio da música pop" demonstrou estar em plena forma. E não falo de barrigas saradas, pernas torneadas e braços musculosos. Mas sim de ter todas as vozes em coro, pedidos inesperados (e atendidos!) de canções que não estavam no repertório e total domínio de palco, mesmo praticamente sozinha ali, além claro, de muito carisma. E é aí que me refiro! Cyndi Lauper matou a pau.



PS1.: Imagina ter uma avó loucona assim, com o cabelo mais curto de um lado, voz de criança quando fala e uma puta energia?!


PS2.: Tadinha da minha mãe, ficou com dor no pescoço de se espichar pra ver o palco. Mas cantou e dançou horrores! Adorei! Só preciso resgatar meu CD agora!



PS3.: Happy b-day, Andee. I wanna see u shaking, girl!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Crise de identidade

Não me sentia mais parte daquilo. Já não ia aos ensaios, os compromissos fora do grupo se multiplicavam e ele ia ficando cada vez mais em segundo (ou terceiro) plano. Foram 17 anos de indiadas, apresentações bombásticas, uma invernada mirim implacável, uma faixa de 1ª Prenda Juvenil, uma faixa de Mais Prendada Prenda do rodeio de São Chico (num concurso onde eu acreditava que já tinha vencedora e que nem estava lá na hora que anunciaram meu nome), mais indiadas, viagens legais, viagens nem tão legais, amigos pro resto da vida, três incursões pela Europa, uma (ou duas?) pro Uruguai, uma lá onde Judas perdeu as botas na Argentina, uma torcicolo que me tirou de uma Tirana do Lenço em Portugal, muitos alojamentos, banheiros imundos, banhos de água gelada (de doer o corpo!), amigos de outros países, nenhum pingo de lágrima derramado, uma apresentação com o tornozelo enfaixado e recomendações médicas para não dançar, os dois joelhos podres, acampamentos improvisados... Foram oportunidades únicas de conhecer mais sobre outras culturas e valorizar a nossa.

Comecei com os ensaios na casa da tia Carmen e do tio Maruí, fui a segunda na fila da mirim por muito tempo, dancei com o Filipe e com o Bodão, até deixarem só eu e o Wander (os mais altos e mangolões) por lá. Assumi o posto de primeira na juvenil por toda minha trajetória (a não ser nos ensaios em que eu e, de novo, o Wander, éramos separados em função das brincadeiras). Passei pra adulta depois dos meus 15 anos, quando todos meus amigos já tinham passado, eu e, de novo, o Wander, fomos os últimos a sair da juvenil. Entrei de terceira, dancei com o Morangão e com o Binho, até ser par do Régis, o coordenador do grupo. Aquele mesmo que metia o terror quando tava na mirim, o mesmo que me castigava, junto com o Sapão, na juvenil, era agora meu par. Nem sei quanto tempo dançamos juntos, sei que nos entendíamos só com um olhar, ou de repente um aperto de mão mais forte. A responsabilidade aumentava à medida que minhas idas ao ensaio ficavam cada vez mais escassas. Me afastei.

Na noite em que buscaram minhas pilchas senti que um ciclo tinha se fechado. Mas a dor por entregar meus vestidos me deixava na dúvida. Deveria sentir tanto algo que já considerava passado?

Nunca tinha ficado de fora de um Festival. Só em 2004, por castigo pelas faltas, eu e, de novo, o Wander, não apresentamos. Mas dessa vez era diferente. Não tinha meu crachá. Não tinha ajudado a planejar. Não tinha reclamado de ter que arrumar o cabelo cedo. Não tinha me pilchado pra missa. Não conhecia o pessoal dos grupos. Nada. Sentei na platéia ao lado da Lissetty, uma amiga peruana que fiz num festival na Espanha em 2002. Ela veio com os pais assistir nosso Festival e ficou bem triste por não ver o pessoal que conheceu na época se apresentar. Já tinha conversado com alguns integrantes e cogitado a possibilidade de me lavar chorando durante a apresentação do meu grupo. Mas chorar? Logo agora que não fazia mais parte de nada disso? Cheguei atrasada na noite de encerramento, pra variar, mas ainda não tinham começado. Quando a Carla e o Mozart (adorei os apresentadores!) anunciaram o desfile e o pessoal entrou, deu aquele nó na garganta. Queria entrar na fila e subir junto no palco! Mas me coloquei no meu lugar de mera espectadora e fiquei aguardando. As cortinas fechadas, o cerimonial sendo feito, mas aquele “Província! Província! Província” cheio de garra escapou aos meus ouvidos. Atrás das cortinas imaginei as mãos juntas, o nervosismo, os beijos e abraços de boa sorte. As lágrimas escaparam antes mesmo de começar a apresentação. Mas me contive. Tentei olhar com olhos críticos, de quem ficava de fora nos ensaios pra ver a harmonia das prendas. Mas fui vencida pela interpretação da primeira música, Galpão Açoriano, coreografia nova feita especialmente para a ocasião. Agüentei até o fim sem derramar mais lágrimas. Mas quando eles voltaram cantando “Eu sou do Sul” e vi a Tati, agora ela dançando com o Régis, segurando o choro, não resisti. Saí discretamente do teatro e “burlei” as regras. Não fui mais mera espectadora ali. Subi ao andar em que os grupos faziam de camarim e fui parabenizar, e xingar, meus amigos. Que me fizeram chorar. As primeiras lágrimas depois de anos (o Wander vai achar isso ridículo!).

Ouvi protestos de que minhas férias acabaram, que eu e o Régis passávamos segurança ao resto do grupo, que eu tinha que voltar. E balancei. Tô balançando ainda...

Impossível não se sentir parte de algo que permeou tua vida por 17 anos. Sem contar que continuo chamando o Festival Internacional de Folclore de Gravataí de “nosso” e o DCG Província do Quero-Quero de “meu grupo”.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Pra curtir as noites frias

Nessa quinta-feira acontece a Noite no Solar, promovida pela Casa dos Açores do Rio Grande do Sul, que promete repetir o sucesso de sua primeira edição. A jam session fica por conta da terceirense Carla Verónica, acompanhada pelos violões de Maico e Jeferson, uma misturinha luso-brasuca que já deu certo em outros eventos da cidade. Além da boa música, dá pra provar aquela sangria e petiscos inspirados na culinária das ilhas.

E sexta a pedida é a Maskparty, da La Playa. Mumm à vontade e todo o mistério e elegância de um baile de máscaras. Dessa vez eu quero lembrar de alguma coisa.


sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mil fitas


Bueno, antes de contar da Noite no Solar, volto um pouquinho pra falar do Alegría, do Cirque du Soleil.

Bobagem dizer que é tudo lindo e mega organizado. O figurino é impressionante, a maquiagem transforma os artistas, a música ao vivo faz toda diferença do mundo, a pipoca e a Coca-Cola são de graça, aquela gente não tem osso no corpo, é tudo cartilagem... e por aí vai. Mas o bom mesmo é ver, e ouvir, as risadas. Na fila atrás onde estava tinha um menininho com uma risada tão gostosa, que nem me dava conta de que eu ria como ele, feito criança! Um espetáculo de encher os olhos, definitivamente.

Agora sim, vamos ao happy hour promovido pela Casa dos Açores do RS. Apesar da chuva e do frio, quem desentocou não se arrependeu. Música de primeiríssima qualidade com o Tiago Rosa, músico quase meu vizinho que toca, e canta, muito. Quitutes tradicionais deliciosos. E uma sangria que dispensa comentários - nunca fiz uma sangria tããããão boa, hehehehehee. Mas a notícia boa, sabe qual é? Que quem perdeu terá outras chances pra curtir momentos assim no Solar das Magnólias, mais precisamente, toda última quinta do mês! Então, sem desculpas na próxima hein?!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Tá todo mundo convidado


A sangria promete! Quero ver todo mundo lá!

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Alzira Pô... Lôca

Segunda-feira à noite, friozinho chegando no RS, um bom dia pra se ficar em casa, certo? Errado!

O novíssimo teatro do Sesc segue trazendo bons espetáculos para Gravataí e só vai quem se liga na programação (que sai sempre nas agendas da Revista Evidência e do Correio de Gravataí). Essa semana foi a vez de Alzira Power, com os atores Cristina Pereira e Sidney Sampaio, remake d'O Cão Siamês, de Antônio Bivar, lançada em 1969. A versão carioca, dirigida por Gustavo Paso, teve sua estréia nacional em solo gaúcho (no Theatro São Pedro) e segue pelo interior do Estado (aqui tem as datas das apresentações).
Com figurino e cenário remetendo à época em que foi encenada pela primeira vez, a peça apresenta o confronto de idéias das mentalidades opostas de Alzira, uma aposentada de 58 anos, e Ernesto, 25, um vendedor de carros que pretendia somente apresentar uma proposta de compra de um Volks. Presos no apartamento da senhora, alternam discussões, momentos de nostalgia e até certo afeto - como disse o ator "se cenas de insinuação à sodomia e apologia às drogas são fortes para você, nem assista". Brincadeiras à parte, a tragicomédia rende boas risadas.
Mas o melhor mesmo estava guardado para a janta com o pessoal do espetáculo, com direito a canja - de galinha mesmo - em uma pizzaria tradicional da cidade. Diretor gente fina, atriz gracinha e, bom, ator que além de lindo, é super fofo. Só não sei se vamos encontrá-lo no Festival de Cinema de Gramado deste ano. "É muita tentação", falou entre uma fatia de pizza calabresa e uma colherada de sopa.

PS.: Valeu Nini, por me levar à tiracolo em mais essa! E que venha Rio de Janeiro e Gramado!

sábado, 12 de abril de 2008

Foi aberta a minha temporada de shows

Finalmente, após algumas tentativas frustadas, foi aberta a minha temporada de shows. E para começar bem fui assistir a CéU. Conheci a moça em 2006, quando ela foi ao programa do Jô Soares. Lembro que já estava deitada quando ouvi a voz doce e levemente rouca cantando uma versão de Concret Jungle, do Bob. Não levantei para ver quem era - o cansaço foi maior, mas fiquei só de bituca. Dias depois já tinha o CD gastando no carro. E desde então espero por algo novo da cantora paulista que fez sucesso primeiro lá fora, a la Seu Jorge, como disse a meirrrrmã e wonderjournalist Pree.

Bueno, vamos ao show. Cheguei atrasada ao Teatro do Bourbon Country. Perdi a abertura e mais umas três ou quatro músicas - e dá pra imaginar como eu estava p*** por isso, mas entrei a tempo de ouvir Concret Jungle. A voz, suave e firme, conferiu a leveza do espetáculo, deixando a platéia hipnotizada na sua estréia em solo gaúcho. Uma graça com a barriguinha de seis meses e flor vermelha no cabelo, Céu dançou o tempo inteiro e mostrou-se bem a vontade ao ficar de pés descalços. Fez homenagens ao maestro pernambucano Moacir Santos, cantando Nanã, e à música africana, com a sua Rainha. O repertório, do primeiro e único CD, agradou, contando ainda com a inédita, Sonâmbulo. O bis coroou a noite. Bobagem só com voz e percussão foi demais!

Fora que assistir a shows assim, de músicas gostosinhas e de ótima qualidade, ao lado de gente bacana como o casal do ano Priscilla Casagrande e Maurício Boff, e a sempre chique Nathalia Bittencourt, é muito melhor - momento Evidência total!

Para quem ainda não conhece - tá tocando Malemolência na novela das oito, eu acho - vale a dica. Algo que mistura jazz, reggae, rap e sambas com bases eletrônicas, mas que foge do lugar comum MPB+Drum 'nBass. Fora a voz delicada da guria, que não é pouca coisa, e já foi elogiada por gringos - seu álbum de estréia esteve no topo do ranking Heatseekers, que reúne as revelações da música, da revista norte-americana Billboard - e por brasileiros que entendem do assunto, como o Caetano Veloso, que declarou ser ela "o futuro", creio que da MPB.