segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Contagem regressiva...

... para o fim do mês do cachorro louco.

Minha avó nunca gostou de agosto. Cresci com ela dizendo que era o mês do cachorro louco, do desgosto... e confesso não ter simpatia por esta marcação do calendário.

E hoje, 15 anos da morte da minha avó materna - ironicamente no último dia do mês, aquela notícia que chega aos 49 do segundo tempo e muda o placar.

Ninguém gosta de perder. Nem dinheiro, nem caneta, nem brinco, nem chave... e muito menos quem se ama. A gente pulou a fila da aceitação da perda. Não nos conformamos. Choramos. Mas não adianta rezar pra São Longuinho. Certas coisas a gente não vai mais achar.

Felizmente, entramos em outras filas. A da força nas horas mais difíceis, a de amigos leais, a da serenidade, a da superação... Mas nem por isso deixamos de sofrer. O que conforta é saber que estamos cercados de gente que nos ajuda a superar isso. Pessoas que não medirão esforços pra nos ver sorrir de novo, que nos farão aceitar o curso natural da vida, que estarão lá. Só. Não precisa nem falar. Só o olhar basta.

Não é minimizar a perda. É aprender a conviver com ela. E sair fortalecido.

Saudades tuas, vó. Recebe bem a tia Marli aí, tá?!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

On the dial

Tem músicas que caem como uma luva no nosso dia. Ou o programador tá me assistindo em alguma câmera escondida. Já sei... pegadinha do Malandro!? Glu glu...

People are strange, when you're a stranger
Faces look ugly, when you're alone
Women seem wicked, when you're unwanted
Streets are uneven, when you're down

When you're strange, faces come out of the rain
When you're strange, no one remebers you're name
When you're strange, when you're strange, when you're strange

The Doors
People are strange

terça-feira, 18 de agosto de 2009

"Por onde andei...

... enquanto você me procurava."

Sim, sou relapsa. Todo mundo já sabe disso. E blog me traz uma sensação de invasão de vez em quando. Aí dou um tempo. Ou é preguiça mesmo. Enfim...

Escrevo pra contar dos shows que assisti no mês passado. Marcelo Camelo e Nando Reis, num super combo com 50% de desconto, que, confesso, foi o motivo que me levou ao Bourbon Country por duas vezes na mesma semana. É que nunca fui fã deles. O Nando eu achava bacana até, mas o Camelo não conhecia. Fui por curiosidade.

Com o Marcelo Camelo não foi láááá essas coisas. Sim, eu sei que o cara não tem só fãs, tem súditos, que cantaram tudo - sim, tudo! - do início ao fim. Na minha humilde opinião, ele é melhor compositor que intérprete. E não consigo não comparar o trabalho dele com o do Rodrigo Amarante, ex-companheiro de banda, que manda muito bem no Little Joy - e que perdi o show, pela segunda vez! Não sei, mas a voz rouca não me convence, e nem acho sexy como a Mallu Magalhães deve achar. Aliás, não conseguia parar de pensar nos dois juntos. Meio nojento. A única coisa que empolgou foi o final do show, com uma batucada no palco digna dos antigos bailes de carnaval. Marchinha anima qualquer um, nem que seja pra levantar os dedinhos e ficar girando!

Já o Nando me surpreendeu. Sabia da energia do cara no palco, das músicas bacanas que ele fez sozinho e com os Titãs, mas não tinha idéia do carisma absurdo dele. Teatro lotado, bem diferente do dia do ex-hermano, e platéia na mão. Isso sem contar a performática backing vocal, de black power, legging brilhosa - quero igual! - e umas dancinhas que me faziam desviar o olhar mais para o fundo do palco. O ruivo tem a base! E abusou disso no show. Daí não tem outro jeito. Virei fã do All Star Azul dele! Hehehehee