Não sei se é possível alguém não gostar de ir a shows. Eu, simplesmente, amo! E não posso me queixar.
Assisti a Maria Rita de camarote. Meio apertado para dançar, estranho ouvir samba sentada... mas o fato é que toda a antipatia que tinha pela filha da Elis sumiu. Dona de uma voz poderosa e com trejeitos que lembram, e muito, a natureza genética, a moça encantou os gaúchos, já prometendo um próximo show ainda neste semestre. No repertório, algumas canções dos primeiros álbuns e os sambas de Arlindo Cruz, do terceiro disco, Samba Meu. E só posso dizer que Leandro Sapucahy fez um bem imenso levando-a para esse lado. Mais solta, de barriguinha de fora e vestido curtinho, Maria Rita arriscou alguns passos, conversou com a platéia, filmou a reação dos fãs e declarou sentir frio na barriga ao subir no palco aqui no sul. E foi assim, declarando seu amor pela terra da mãe que ela ganhou o público. E nós, claro, comprovamos que a fruta não cai muito longe do pé e que ainda vamos recebê-la com o teatro lotado outras tantas vezes. Sem cadeiras na pista, por favor, porque na próxima eu quero é fazer um pé! Vi o Sidney Magal também. Tá, podem rir. Decadente ou não, trash ou não, todo mundo sabe cantar as músicas do cara! Pelo menos uma! E ele anima a galera mesmo com playback. No melhor estilo latin lover, acha que ainda arranca suspiros da mulherada gordinho daquele jeito. De repente das mais velhas.... vai saber.
Fui ao Bajofondo. Demais é a palavra certa para definir o show. E quem pensa que é a mesma coisa que Gotan Project tá muito enganado. Assisti os dois e posso dizer que apesar de misturarem os mesmo ritmos, a proposta é completamente diferente. Com uma levada muito mais pop e dançante - não tão classuda e sensual como o Gotan, a banda mezzo uruguaia, mezzo argentina, transformou a pista do teatro do Bourbon Country em uma rave, que depois foi também para o palco, com a galera dançando em meio aos instrumentos - e eu não pude perder essa! Solos virtuosos, músicos que se divertiam com a reação da platéia, beats certeiros, a voz grave do premiado produtor musical Gustavo Santaolalla e imagens alucinantes no telão deram o tom para o lançamento de seu novo trabalho, Mar Dulce.
E para coroar a sequência, vi a Rosana. Aquela da música Como uma Deusa. Tá, podem rir de novo. Mas eu curtia horrores ela quando era guriazinha! Os gritos e falsetes não mudaram, ela só parece ter desaprendido a terminar uma música decentemente - não lembro se algum dia soube, foi a primeira vez que a ouvi cantando covers. Com o rosto paralisado de tanto botox, ela mais lembra um travesti do que a musa dos anos 80. Mas rendeu boas risadas o revival... ô se rendeu!
Ah, tem um vídeo no Flickr do Codevilla em que aparece a galera subindo no palco... e lá estou eu!
Vai lá: http://www.flickr.com/photos/codevilla/2497926935
PS.: Agradecimentos especiais ao JP - sempre uma ótima companhia e o fotógrafo nos shows da Maria Rita e do Bajofondo; Thomas, Emily, Nathi, Su e Ju - as risadas com vocês não têm preço! Valeu a parceria, mesmo nas horas mais bizarras!